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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

''O POETA SE DESPEDE DAS MOÇAS''

A Antonio Oviedo


Jóvens de ternissima cintura
que andais o mesmo que a melodia
e que passeando ides pelos verdes
como o jasmim que na manhã ardia.

Moças que emprestais arquitetura
trêmula aos ares noite e dia,
e sustentais com vossa mão pura
o firmamento da poesia,

adoráveis de fruta e veludo
onde a terra começa a ser de céu,
onde o céu é aroma, todavia;

deixai que ao ir-me da primavera
volte a mirar-vos pela última vez
e vos dê esta rosa de melancolia.

Eduardo Carranza
In: Antologia Poética

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