A Antonio Oviedo
Jóvens de ternissima cintura
que andais o mesmo que a melodia
e que passeando ides pelos verdes
como o jasmim que na manhã ardia.
Moças que emprestais arquitetura
trêmula aos ares noite e dia,
e sustentais com vossa mão pura
o firmamento da poesia,
adoráveis de fruta e veludo
onde a terra começa a ser de céu,
onde o céu é aroma, todavia;
deixai que ao ir-me da primavera
volte a mirar-vos pela última vez
e vos dê esta rosa de melancolia.
Eduardo Carranza
In: Antologia Poética
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