Na minha mão ansiosa
um instante tua mão
morna e celeste.
O olhar do tato
olhou seu aroma
de cinco pétalas.
Levou a corrente
do meu sangue, a forma,
a pressão de tua mão
morna e celeste.
A terra de minha mão
foi num instante enlunada
e para sempre.
E num instante sentiram
meu coração, minha fronte,
o roçar de tua mão
morna e celeste.
E fugiste para à tarde
como um vento de flores
e de sorriso.
Eduardo Carranza
In: Antologia Poética
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