Eles
nunca se enganavam sobre o sofrimento,
Os
Velhos Mestres: como entendiam
Bem
a sua posição humana; como tem lugar
Enquanto
alguém está comendo ou abrindo uma janela ou só a passear
Por
aí, como quando os mais velhos estão reverente, apaixonadamente
Esperando
pelo miraculoso nascimento,
Sempre
haverá crianças que não queriam, especialmente,
Que
isso acontecesse, a patinar num lago na orla do mato:
Eles
nunca esqueciam
Que
até o terrível martírio tem de seguir o seu curso exato
De
qualquer modo num canto, nalgum terreiro
Imundo
onde os cachorros continuam levando sua vida canina e o cavalo
Do
torturador raspa contra uma árvore o seu inocente traseiro.
No
Ícaro de Brueghel, por exemplo: como tudo o mais se desvia
Tranquilamente
do desastre; o camponês com o arado podia
Muito
bem ter ouvido o barulho, o grito desamparado,
Mas
para ele não era um fracasso importante; o sol brilhou
Como
tinha de brilhar sobre as pernas brancas submergindo
Na
água verde; e o navio caro e delicado
Que
deve ter visto alguma coisa espantosa, um garoto caindo
Do
céu, tinha algum lugar para ir e calmamente continuou.
W. H. Auden
Tradução Renato Suttana
Tradução Renato Suttana
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