Na folhagem os passarinhos cantam;
O canto do galo comanda a madrugada:
Em solidão, por companhia.
O sol brilhante ilumina as criaturas mortais;
O homem descobre o seu vizinho:
Em solidão, por companhia.
O Canto do galo comanda a madrugada;
Já repica o sino da igreja:
Em solidão, por companhia.
O homem descobre o seu vizinho;
Deus abençoe o Lugar e o Povo:
Em solidão, por companhia.
Já repica o sino da igreja;
A roda da azenha continua a girar:
Em solidão, por companhia.
Deus abençoe o Lugar e o Povo;
Deus abençoe este verde mundo efémero:
Em solidão, por companhia.
A roda da azenha continua a girar;
Na folhagem os passarinhos cantam:
Em solidão, por companhia.
W. H. AUDEN
(1907-1973)
(in "O Massacre dos Inocentes",
Tradução de José Alberto Oliveira)
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